Cris

52 anos, Porto

Sou feita de camadas — umas tão claras como o dia, outras que só a lua conhece. Às vezes falo em poemas, outras em silêncios que se alongam. Procuro um sentimento, que seja chão onde cresço, e não um molde onde me derreto. Os meus silêncios não são vazios, são paisagens a respeitar. As minhas mudanças não são traições, são estações da mesma árvore. Sou lago e não espelho por isso sei que a profundidade não assusta, liberta.

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